quinta-feira, março 24, 2016

Johan Cruyff é o holandês para Jesus Cristo.

quinta-feira, março 24, 2016

Johan Cruyff é o holandês para Jesus Cristo. Acredito mesmo que sim. O corrector do Microsoft Word também parece pensar assim, porque me sugere a alteração sempre que escrevo o nome do mítico futebolista. As iniciais são as mesmas, bem como o número de letras. A sonoridade induz o pensamento, e a data da morte de Cruyff, três dias antes da Páscoa, parece confirmar a teoria. Talvez ressuscite no Domingo, dou por mim a pensar. Mesmo que não o faça, o holandês parte, mas deixa a certeza de que depositou em todos os relvados da terra a semente de uma herança inestimável. 
Dentro e fora de campo, Cruyff era estratega mas também artista, tal como era um pensador que se fazia dono de um espírito livre. As suas convicções nunca foram quebradas, porque sempre se escudou no orgulho do seu valor e na crença da sua verdade. 
Inovou, inventou e criou um estilo de jogo que se tornou história. A grandeza do Barcelona foi ele quem a escreveu. Só depois da chegada de Cruyff à equipa catalã é que os blaugrana se tornaram a potência de hoje em dia, rivais máximos de um Real Madrid que, até então, tinha no Atlético a sua única competição. Pep Guardiola e Luís Enrique, os outros obreiros de um clube de enorme sucesso, são seguidores do Dream Team de 1992, discípulos de uma filosofia que foi o holandês quem desenvolveu. Pode por isso falar-se, na cronologia do futebol moderno, de um tempo a.C. e d.C. Antes de Cruyff e depois de Cruyff. 
O respeito que ainda hoje a Europa futebolística nutre por um Ajax que já não é ameaça para ninguém, também a ele se deve, bem como a época gloriosa e irrepetível, mesmo com tantos génios nascidos depois, da Laranja Mecânica, a eterna selecção do quase.  
Por isso, tal como o outro cuja vida a Bíblia nos conta, também este Cristo nos salvou - de um futebol aborrecido e sem beleza, onde a táctica se sobrepunha à técnica, no tempo em que assistir a uma partida não nos permitia sonhar. 

segunda-feira, maio 26, 2014

Nikopolidis, o outro.

segunda-feira, maio 26, 2014


Em 2004, Antonio Nikopolidis ganhou um Europeu de futebol. Dez anos depois, ganha umas as eleições, não as Europeias mas as Autárquicas, sob o comando de Yannis Moralis, vice-presidente do Olympiakos e cabeça de lista do partido Pireas Nikitis (“Pireu Vencedor”).

Dizem que é parecido com George Clooney. Talvez seja do cabelo grisalho, que lhe despontou desde muito cedo, quando ainda defendia a baliza do Olympiakos, e a política nada era mais do que uma realidade distante. Nikopolidis está habituado, de certa forma, a ser “o outro” ‐ como na relação que lhe atribuem ao actor norte-americano‐, uma figura secundária mas igualmente competente: vive na sombra de Angelos Charisteas, para sempre o nome e o rosto da vitória grega no Europeu de 2004 em Lisboa, mas foi ele quem por um par de ocasiões deu o corpo às bolas, impedindo os golos de Cristiano Ronaldo e Ricardo Carvalho. 

Em 2004, a epopeia futebolística da Grécia fez jus a uma série de improváveis e impossíveis, mas foi de alguma forma a afirmação física de que a História é “uma sucessão sucessiva de factos que se sucedem sucessivamente no tempo”. As metáforas e comparações com a Grécia Antiga são óbvias e foram gastas nos títulos da altura, mas são necessárias novamente, numa altura em que o país helénico procura renascer das cinzas, vítima de uma economia e de um sistema de crédito que de si se apoderou. 

Em Abril, o Olympiakos conquistou o seu 41o título de campeão nacional. Ao mesmo tempo que a equipa conseguia o seu quarto campeonato consecutivo, o nono nos últimos dez anos, Yannis Moralis, o vice-­presidente do clube, anunciou a criação de um novo partido político, do qual seria líder. Nikopolidis é uma das figuras emblemáticas do desporto grego que se associa a este novo movimento, no qual assume cargos de chefia como membro “dos jotas” lá do sítio. 

Nikopolidis é novamente “o outro”, uma figura menor, em 2014 como em 2004, mas que pretende fazer algo pelo seu país, como então. Poderia dizer-­se, antes, como lhe parece estar destinado. Há quem o compare a uma espécie de gladiador, daqueles cujos nomes nunca darão canções, mas que são os primeiros da frente na linha das batalhas. Certos ou errados, dão sempre um passo em frente. Diz-­se que a Democracia nasceu na Antiga Grécia e que a nova, um modelo que quebrará com a política actual, terá que de lá vir também, nascendo da dor de um povo demasiado massacrado. Porém, há quem, pensando que assim será, não concorde com as ideias defendidas pelo novo partido. 

O surgimento de Pireas Nikitis é parte de uma tendência mais ampla de desagregação e realinhamento na política grega, pretendendo afastar-­se das medidas estabelecidas pelos partidos tradicionais e das políticas ditadas pela troika, a União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional. 

Tem existido alguma dificuldade em enquadrar a ideologia política que rege as promessas e medidas do Pireas Nikitis, ainda que o adversário de Moralis, Mihaloliakos, o tenha acusado de ser próxima à da extrema-­direita. Os ultras mais fundamentalistas do Olympiakos, da famosa “Porta Sete”, foram sempre associados ao partido neo-­nazi Aurora Dourada, mas Mihaloliakos acredita que estes formem agora parte da massa votante do novo partido do seu vice-­líder.

segunda-feira, novembro 11, 2013

A vida é um presente.

segunda-feira, novembro 11, 2013

A vida é uma puta e depois morre-se. Dizem os compêndios que foi Bertolt Brecht, dramaturgo alemão, o pai da célebre frase, título de uma música na sua “Opera dos três vinténs”, uma peça de 1928. Depois, as referencias são imensas, perdem-se, sucedem-se, sobram: de músicas dos Da Weasel a filmes desconhecidos onde um jovem Patrick Dempsey passa por temerosas dúvidas existenciais, inúmeras são as representações artísticas com queixas sobre os dias que temos que enfrentar antes de que chegue o nosso fim.

A vida é um presente. Não se sabe quem foi a primeira pessoa a dizê-lo. Certamente o avô de alguém, mas também Jack Dawson em “Titanic”, numa magnífica ode ao sentido que existe em viver o dia-a-dia. Já Eleonor Roosevelt defendia o mesmo, sendo-lhe atribuída a frase “today’s a gift, that’s why it is called the present”.  

“La vida es un regalo”. Era também esse o título do livro que María de Villota apresentaria esta segunda-feira, em Madrid. Nele, palavras que resumem uma luta, que transformam um acidente gravíssimo em algo bom, e que nos levam a sentir uma única verdade: às vezes, perder um olho permite-nos ver melhor do que antes.

Os sonhos e o sofrimento andam muitas vezes de mãos dadas. A espanhola soube isso desde sempre. Filha de um ex-piloto de Fórmula 1, cedo quis seguir as pisadas do pai, vivendo com o ruído dos motores e o cheiro a gasolina como pano de fundo da sua infância. As bonecas ficaram penduradas nas estantes, repouso tranquilo para o pó, substituídas pelos karts. Aos seis anos, competiu pela primeira vez. Aos seis anos, conseguiu a primeira vitória. No entanto, cedo soube também que teria que se esforçar o dobro para alcançar esses sonhos. Ser mulher num mundo dominado pelos homens, onde os riscos espezinham as certezas, onde ter talento muitas vezes pode não chegar, eram os obstáculos a superar. Não para si.

Abraçou a luta e subiu a pulso, fazendo uso não do nome mas dos genes. Competiu sempre, em diversas categorias de monolugares, e quase sempre com êxitos. Primeiro na F3 espanhola, depois nas 24 Horas de Daytona, na Euroseries 3000 e na Superleague Fórmula, na qual representou o Atlético de Madrid.  Acumulou records: foi vice-campeã de Espanha na prova Fórmula Toyota (2001), a primeira mulher a participar na WTCC, na Superleague Fórmula e a conseguir a pole position no campeonato Ferrari Challenge (2005), e a primeira mulher espanhola a participar nas 24 horas de Daytona.

Apesar das contrariedades genéticas, das probabilidades quase nulas, dos olhares desaprovadores, María alcançou o seu sonho: em Março de 2012, assinou como piloto de testes da Marussia. O pior chegaria depois, em Julho do mesmo ano, também como ponto de viragem na sua história. Sofreu um acidente durante a sua primeira sessão de treinos no aeródromo de Duxford, no Reino Unido, e viu a cara da morte. O embate fortíssimo contra um dos camiões da equipa provocou-lhe sequelas graves, entre as quais a perda do olho direito e do olfacto, mas a espanhola também no hospital mostrou ser feita de força.

Assimilou a ideia de que o seu aspecto físico mudara para sempre, embora não tenha sido fácil. Perguntava-se quem a iria querer com uma pala, acessórios que entretanto passaram a ser escolhidos detalhadamente e de acordo com a roupa que vestia. Também foi gradual o processo de assimilação do fim da carreira de piloto. “Salvamos-lhe a vida, mas perdeu um olho”, disse-lhe o cirurgião que a operou após o choque. “Você precisa das duas mãos para operar, eu sou piloto e preciso dos dois olhos para conduzir”, respondeu-lhe María, sem aceitar o fim de algo pelo qual tanto lutara, a quebra de um sonho, um guincho de desespero que presumia uma nova vida. Entretanto, numa conferencia de imprensa, revelou ter agarrado a oportunidade: “Apercebi-me de que vejo melhor do que antes. Antes, só via a Fórmula Um. Agora, vejo que estou viva”.

Muitos foram os ganhos que retirou da situação, numa tentativa sã de ver o lado bom de todas as coisas: o respeito que conquistou entre os seus pares, um dos maiores. “Sempre quis o respeito dos meus colegas e nunca o consegui na pista, na grelha da partida. Consegui-o agora”.

Neste espaço de tempo, dedicou-se a causas com três vértices: a dos automóveis, dos quais nunca se conseguiu desligar, a dos doentes, entre quem se via, e a das mulheres, numa luta organizativa que havia já começado em pista. Assumiu novos desafios, porque só soube viver deles: a responsabilidade de ser directora da Escola de Pilotos Emilio de Villota foi a génese, ser Embaixadora do Dia da Mulher e Contra a Violência de Género o lucro, o Premio Honorifico da Universidade Europeia de Madrid um reconhecimento. Acima de tudo, dedicou-se uma causa com um vértice só: o da escrita do livro que, como lição de vida, quis que fosse o seu maior legado.

Um ano e três meses separam-nos do dia daquele acidente que tudo mudou. Este texto deveria ser escrito como apresentação de “La vida es un regalo”. Foi escrito porque a vida é uma puta, a de María foi-o muito, e porque depois se morre. Aos 33 anos, de causas naturais, num hotel em Sevilha, como uma machadada de injustiça poética.

sexta-feira, agosto 30, 2013

Los dioses son del Levante.

sexta-feira, agosto 30, 2013

Esta crónica ya estaba escrita y daba cuenta de un empate a 1, del dominio absoluto del Rayo Vallecano y de la tremenda eficacia granota, pero a los 93 minutos Ivanschitz cambió la historia del encuentro con el gol que dio la victoria al Levante en Vallecas, dictando la injusticia del fútbol.

El primer tiempo del Rayo Vallecano se puede resumir en tres palabras: no tubo fortuna. También se puede resumirlo en números: 74% – 26% en posesión del balón. Empecemos por el inicio. Contagiados por las ganas de probar que el resultado en el Calderón (0-5) fue solamente un despiste, y quizás queriendo probar merecer la confianza de su entrenador (Paco Jémez promovió tres alteraciones en el once tras la goleada sufrida), los jugadores franjirrojos entraran al campo buscando abrir la lata desde el saque inicial.

Al minuto 1 ya el partido contaba con un remate de Iago Falqué que resultó en saque de esquina; eso fue lo único que Paco Jémez pudo ver del jugador que debutaba por el equipo, ya que el gallego tuvo que ser substituido por una lesión muscular. Para su lugar entró Adrián Embarba, también el acumulando por primera vez minutos en la Liga BBVA. Sí el canterano se sintió nervioso no se sabe, pero la verdad es que no pareció y siguió en la senda de buenas exhibiciones que realizó en la pretemporada con el primer equipo. Fue cambiado 64 minutos después de entrar en el campo, pero esa es otra historia en la cual no tiene culpa.

Volvamos al partido. Con una posesión de balón fuertísima, fueron consecutivas las jugadas de ataque del conjunto rayista. El Levante se revelaba incapaz de tranzar tres pelotas, pero como se suele decir en el fútbol, quien no mata puede morirse: Galvéz tuvo la oportunidad de inaugurar el placar a los 14 minutos, pero su remate se perdió en el travesaño de la portería defendida por Kaylor Navas. Bueno y Trashorras, ambos entrando en el área por la banda derecha, también la tuvieron, pero permitieron la parada del portero costarricense. A los 24 minutos, 0-0.  Fue en ese momento que los Bukaneros entraron en las gradas de Vallecas, recorrido el tiempo de protesta contra el horario del encuentro. El grupo organizado de aficionados del Rayo Vallecano no pudo así comprobar el dominio absoluto que su equipo tenía del partido.

Pero la verdad es que en el fútbol son los goles que cuentan, y en eso, empezaba el Levante a demostrarse bueno. Rubén García recuperó el balón en la banda derecha, se fue de 2 adversarios, entró en el área y disparó seco. Rubén, que sustituyó a Dani Giménez en la portería, no pudo hacer nada para evitar que el jugador valenciano apuntara así la primera diana del cuadro de Caparrós en esta Liga BBVA.

El Rayo desaceleró y no supo recuperar del gol sufrido, aunque haya mantenido el control del encuentro hasta el descanso. El inicio del segundo tiempo pareció que daba razón a las protestas contra el horario tardío: el partido, mucho más equilibrado y disputado en el medio campo, perdió un poco la emoción, con el Rayo controlando la posesión del balón en su zona defensiva y el Levante contento con el resultado.

El partido daba sueño, pero lo que sí hubo para despertar a la gente fueron tarjetas. Volvamos a Adrián Embarba, que a los 69 minutos fue substituido por Seba Fernández (también el un debutante con el Rayo). Lass, que tiene tanto de talentoso como de propenso a paradas cerebrales, y que fue ya en otras ocasiones reprehendido públicamente por Paco Jémez, intento agredir Chupetra con una patada y vio la roja directa. En ese momento, y no desistiendo de la victoria, el entrenador vallecano tubo que sacrificar a alguien, siendo el “canterano” el “rival más débil”, a pesar del valor que presentó en el césped.

El Levante, con algunas jugadas rápidas de contraataque, la tuvo para matar el encuentro, pero perdonó sus ocasiones. Minutos después, Larrivey, que había entrado para el lugar de Adrián González - muy importante en la construcción del ataque del equipo en el primer tiempo - coloco justicia en el encuentro e hizo el 1-1. El Levante volvió a cerrarse, intentando mantener el empate y el punto, lo que resultó a que a los 82 minutos, el Rayo tuviera 68% de posesión de balón. Recuperando el fulgor ofensivo del primer tiempo, Tito, Saúl, Trashorras y Nacho pusieron a la prueba Navas, y en todas las ocasiones el portero contestó con categoría, se firmando como el mejor jugador del partido.

No lo más importante. Como ya se ha dicho antes, en el fútbol son los goles que cuentan, no los remates (el Rayo hizo más de 20, el Levante 6). A los 94 minutos, en una demostración de que los dioses están locos o son del Levante, el equipo granota hizo el 1-2 en una rápida jugada de contra ataque. Ivanschitz remató para el hondo de las redes de Rubén, y justo en el momento siguiente el arbitro dio por terminado el partido.

Resultado inmeritorio para los de Vallecas, que fueron el mejor equipo en campo, y que dieron una mucho mejor imagen que la semana pasada. Mejor resultado que exhibición para el Levante, que se estrenó a ganar en la Liga, pero que mostro algunas debilidades en un medio campo demasiado suave, pero que vio premiada una tremenda eficacia de cara a la portería. Notas positivas también para los regresos a la competición de El Zhar y Diop, a cuestas con lesiones desde pretemporada. 

quinta-feira, agosto 29, 2013

El estado de animo del Levante, según Jorge Valdano.

quinta-feira, agosto 29, 2013

“El fútbol es un estado de animo”, aseguró a su día Jorge Valdano. Si todavía sigue su teoría, el argentino no dudará a la hora de apuntar el Levante como favorito a la victoria contra el Rayo, este viernes a las 23h en Vallecas (Cuatro). Y es que mientras que los de Paco Jémez recuperan anímicamente de la pesada derrota en el Calderón (5-0), el conjunto valencianista llega al encuentro moralizado con el punto conquistado frente al Sevilla. 

"Somos el equipo más pequeño de la categoría. Hay 19 y luego nosotros, el 20. Los más mierdas de la categoría somos nosotros. Y a nadie le ha entrado en la cabeza eso. Hasta que no seamos conscientes de eso no entraremos en la dinámica buena. Cuando sepamos eso, podemos competir con cualquiera”. Las duras palabras de Paco al final del partido contra el Atlético de Madrid reflejan el choque de realidad que sufrió el conjunto franjirrojo el pasado domingo. Después de la mejor temporada de su historia y de un contundente 3-0 al Elche en el debut de la 2013/2014, el Rayo Vallecano parecía asomarse nuevamente como candidato a dar la sorpresa. La verdad es que rápidamente el conjunto vallecano se bajó al suelo, ya que el resultado de la jornada 2 sirvió para acordar a todos, “desde el presidente al que corta el césped”, las limitaciones del equipo con el presupuesto más bajo de La Liga (7,5 millones; el siguiente, el del Granada, ya es de 22). 

La semana de trabajo sirvió sobretodo para la plantilla restablecerse del trauma de la abultada derrota, pero también para incorporar a Zé Castro en los trabajos del grupo. El portugués fue contratado a cuesto cero tras rescindir el contrato que le vinculaba al Deportivo de la Coruña, pero el recién llegado no parece ser todavía opción para el 11, esto a pesar que Paco demostrara su desagrado con Gálvez al quitarle en el Calderón pasados 30 minutos de juego. El objetivo para el partido, ese, es claro: mejorar la imagen. 

El Levante llega por eso a Vallecas con ganas de “aprovechar el nervosismo del Rayo”, como lo subrayó Barral en rueda de prensa, bien como motivado por el empate (1-1) frente al Sevilla en el Ciutat de Valencia la ultima jornada. Tras la pesadísima derrota frente al Barcelona (7-0), el cambio de actitud del equipo fue notable, y eso mismo lo señalo Juanfran, el capitán granota, que se mostró muy satisfecho con la imagen que el grupo pasó el domingo. 

Así, el conjunto valencianista preparó el partido con la intención clara de conseguir su primera victoria en el campeonato ya en Vallecas, dando continuidad a las buenas sensaciones . El Zhar y Diop, que llevan tocados desde pretemporada por sendas lesiones de tobillo, ya entrenaron con el grupo y puede que entren en la convocatoria. Por su parte, Héctor Rodas y Aloys Nong trabajaron al margen del grupo, y tienen muy complicado llegar al partido de este viernes. De esta manera, Caparrós probó con el mismo once que en el partido del Sevilla. 

El horario del encuentro, las 23 horas, ha sido un factor muy a tener en cuenta por ambos equipos durante la preparación para la puesta, ya que se han ejercitado en sesiones vespertinas, en caso del Levante, y nocturnas, por parte del Rayo. También los aficionados rayistas se preparan para afrontar el partido teniendo en cuenta su hora tardía: la Plataforma ADRV solicitó a la afición que no entre al estadio de Vallecas hasta el minuto 24 del partido, como medida de protesta.

segunda-feira, agosto 19, 2013

Buen(o) triunfo del Rayo de los Albertos.

segunda-feira, agosto 19, 2013

Dos goles de Alberto Bueno, que no podía pedir mejor estreno en Vallecas, y uno de Alberto Perea sellaron la tranquila victoria del Rayo frente a un regresado Elche, voluntarioso pero poco incisivo, y que no supo ofrecer resistencia a un equipo más experimentado en las andanzas de la Liga. 

Dicen los ancianos que hay males que llegan para bien. La lesión de José Carlos - sustituido a los 34 minutos por Perea cuando firmaba la mejor exhibición del partido – es de eso mismo un claro ejemplo. Hasta ese momento, el fútbol en Vallecas se desenrollaba lento y sin interés, y la escena en el césped, todavía típica de un partido de pretemporada, aburría a los espectadores. Sin embargo, la salida del ‘9’, el único jugador que hasta entonces había rematado (por tres veces) a la portería del Elche, pareció animar a sus compañeros, que vueltos poco más de nueve minutos hicieron sonar el “Final Countdown” en los altavoces del estadio. El hit de los Europe sirvió de banda sonora a la celebración del primer gol del Rayo Vallecano en la temporada 2013/2014: Alberto Bueno apareció por el centro del área y correspondió como si fuera un penalti en movimiento al centro de Saúl por la banda derecha. 

El Elche, que en los primeros treinta minutos del partido equilibrara las cosas, presentándose de forma muy voluntariosa y presionando incluso en las zonas más arriba, no tuvo tiempo de reajustarse, porque cuatro minutos después del gol de Bueno otro Alberto quiso decir “presente”: Perea recuperó el balón a la entrada del medio campo del Rayo Vallecano y disparó para las redes de la portería de Manu Herrera, que nada pudo hacer para evitar el golazo del jugador que había ingresado pocos minutos antes en el partido. 

Estos dos goles al borde del descanso descompensaron anímicamente a los franjiverdes, que contaron con el apoyo de su afición en este tan esperado regreso a la Primera División española. Pero el Elche, que en el primer tiempo construyera algunas buenas jugadas de envolvimiento y creara peligro con un buen remate de Aaron a los 16 minutos, no más se acercó con clarividencia a la portería de Cobeño, sino a los 71 minutos, cuando el portero del Rayo desvió para córner el remate de Coro.

La jugada, que podría haber cambiado el ritmo del partido al poner el resultado en 2-1, antecedió el tercer gol del Rayo, de nuevo marcado por Bueno y de nuevo un grandísimo gol, de esos que levantan no a un estadio sino a un barrio entero. El remate cruzado y de fuera del área del delantero exValladodid encajó con precisión en el ángulo superior izquierdo de la portería del Elche y cerró las cuentas del marcador en un partido donde ambos equipos demostraron algunas deficiencias físicas, ya que las dos primeras sustituciones de Paco Jémez y Fran Escribá se debieron a lesiones. 

El Elche, que no mereció sufrir una derrota tan pesada, dejó buenas indicaciones, pero es todavía un equipo poco madurado y con algunas lagunas en posiciones-llave del campo. Por su vez, el Rayo tampoco presentó un fútbol consistente, intercalando minutos en buen ritmo y apuntamientos interesantes en el ataque con imprecisiones y alguna apatía en la defensa, pero siendo un equipo más experimentado no necesitó de poner mucha velocidad para conseguir un resultado justo y, eso sí, mucho mejor que la exhibición.

domingo, agosto 18, 2013

Rayo x Elche, el primer partido de la temporada.

domingo, agosto 18, 2013

Alberto Bueno, uno de los refuerzos del Rayo Vallecano para la nueva temporada, nació en 1988. Tiene 25 años, lo que corresponde a un cuarto de siglo, y está en los mejores años de su juventud. En el fútbol, sin embargo, 25 años de idas e venidas entre Segunda y Segunda B corresponden a un recorrido demasiado largo y doloroso, una vida entera, al que el Elche puso fin en mayo ultimo, cuando sus jugadores lograron el ascenso a Primera División a falta de cuatro jornadas para concluir la liga. Es precisamente contra el nuevo equipo de Bueno que, este lunes, los franjiverdes celebran el regreso a los grandes palcos.

Los Bukaneros ya anunciaron que harán huelga de animación hasta el minuto 24 como medida de protesta por los horarios que han sido fijados para los dos primeros partidos del Rayo en Vallecas, pero tanto Paco Jémez como Fran Escribá quieren a sus equipos concentradísimos desde el saque inicial. Y es que en 2013/2014 los dos entrenadores se juegan objetivos muy importantes, aunque diferentes: el Rayo aspira a consolidarse como equipo de media tabla, huir de una vez por todas de la aflictiva lucha en lo bajo de la clasificación y, quien sabe, llegar a puestos europeos, mientras que el Elche busca conquistar puntos suficientes para garantizar la permanencia en la Liga a la que tanto le costó volver.

Para eso, ambos equipos se plagaron de caras nuevas, reforzándose de una forma aparentemente competente y racional, cubriendo las posiciones más desfalcadas tras las típicas salidas de final de época, y no cometiendo excesos o locuras, manejando pues de forma consciente los bajos presupuestos que poseen.

El partido se prevé por eso equilibrado, dadas las circunstancias de renovación en la plantilla rayista y de los nervios de debutante del Elche, y donde la única ventaja realmente visible es el factor casa: Vallecas siempre es infernal y la fuerza de los aficionados franjirrojos es el motor que empuja al equipo para la portería contraria.

FOLLOW @ INSTAGRAM

About Us

Recent

Random